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quinta-feira, 28 de março de 2024

Governo monta força-tarefa para conter desmatamento no Cerrado

 

Governo monta força-tarefa para conter desmatamento no Cerrado

Reunião com governadores definiu unificação de base de dados

Desmatamento no Cerrado
Desmatamento no Cerrado (Foto: José Cícero/Agência Pública)

Agência Brasil - A preocupação com o avanço do desmatamento no Cerrado, na contramão do que acontece na Amazônia, mobilizou a criação de uma força-tarefa do governo federal com sete estados, mais o Distrito Federal, que detêm porções do segundo maior bioma brasileiro, que ocupa 25% do território nacional. A inciativa é parte dos desdobramentos do Plano de Ação Contra o Desmatamento do Cerrado (PPCerrado), que foi retomado no ano passado.

Uma reunião no Palácio do Planalto, coordenada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, na tarde desta quarta-feira (27), contou com a participação dos governadores Carlos Brandão (Maranhão), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wanderlei Barbosa (Tocantins), da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão; e do secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eduardo Sodré.

Também participaram da agenda os ministros Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

"Na Amazônia, o governo federal tem um poder de ação muito maior. No Cerrado, são os estados que têm um poder de ação maior", afirmou a ministra Marina Silva a jornalistas, após o encontro. "A grande participação de governadores é uma demonstração de que o problema será resolvido, em um pacto que envolve o governo federal, os governos estaduais, envolve o setor produtivo, a sociedade civil e a comunidade científica", acrescentou.

Além da criação de uma força-tarefa com a participação direta dos próprios governadores, as ações propostas incluem um trabalho de unificação das bases de dados dos estados com o governo federal.

A ideia é retomar a alimentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que foi enfraquecido no governo anterior, levando os estados a desenvolverem suas próprias plataformas de acompanhamento da situação dos imóveis rurais, segundo o governo federal. Além da unificação e cruzamento de informações, de acordo com a Casa Civil, um grupo de trabalho entre ministros e governadores se reunirá periodicamente para acompanhar os dados e tomar decisões.

Fonte de 40% da água doce do país, o Cerrado teve um aumento de 19% nos alertas de desmatamento no mês passado, na comparação com fevereiro de 2023. O bioma perdeu 3.798 quilômetros quadrados (km²) de vegetação nativa, no acumulado de agosto de 2023 a fevereiro deste ano, de acordo com o monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A situação é mais grave e preocupante na região dos estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia - área conhecida pela sigla Matopiba, apontada como a nova fronteira agrícola do país. Quase 75% do desmatamento no Cerrado ocorre nesses quatro estados. Dos 52 municípios responsáveis por metade dos desmatamentos, 50 deles estão no Matopiba.

Durante a reunião, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima fez um alerta sobre os impactos de décadas de degradação do solo com desmatamento, além dos efeitos das mudanças climáticas.

"Estamos observando uma mudança no regime de chuvas, sobretudo naquela região ali do Matopiba, uma diminuição no volume de água dos rios, na vazão dos rios, algo em torno de 19 mil metros cúbicos por segundo (m³/s) e outros problemas que podem criar graves situações em relação aos processos econômicos para a agricultura familiar, para o agronegócio", destacou Marina Silva. A ministra também falou sobre um processo sem precedentes de desertificação de áreas próximas ao Cerrado.

A pasta do Meio Ambiente informou que o apoio dos estados na força-tarefa pode garantir a liberação de recursos do Fundo Amazônia para financiar ações, considerando que até 20% dos recursos podem ser aplicados em medida de monitoramento e controle em outros biomas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Documentário "Brasília: projeto capital" [2010]

16/04/2010
! Não consegue assistir ao vídeo? Peça para bancodeconteudo@camara.leg.br

Brasília: projeto capital

Brasília: projeto capital faz um passeio no tempo para contar a história do nascimento de uma cidade. Da festa da inauguração, em noite iluminada por canhões de luz, até a primeira sessão da Câmara em Brasília no dia 21 de abril de 1960. Dois momentos marcantes, próximos no tempo e que completam 50 anos.
Não é por acaso.

Brasília é resultado de muita discussão na Câmara dos Deputados. Desde a primeira constituinte, ainda no Brasil Império, até a constituição de 46, a proposta de interiorizar a capital do Brasil esteve presente. José Bonifácio, o patriarca da independência, pensou até em nomes para a nova capital! Isso em 1823.

Muitos são os personagens que ajudaram na “construção” de Brasília. Os primeiros idealizadores, os responsáveis pelas primeiras expedições, como Varnhagen. Diversos presidentes, deputados e muita discussão ao longo da história. Até chegar o dia em que Juscelino Kubitschek resolve fazer da transferência da capital para o planalto central - a meta-síntese de seu governo. Mas por que JK resolve tirar a ideia do papel?

Quem conta é o imortal Murilo Melo Filho, na época jornalista da Revista Manchete.
Deputados, jornalistas, servidores e artistas que viveram no Rio de Janeiro na época da transferência da capital para Brasília são os personagens dessa história. Os pioneiros também relatam a impressão da chegada em Brasília no início da construção. Poeira, lama, muito trabalho! Enquanto a cidade era construída, duras críticas eram publicadas nos grandes jornais da época. Muitos acreditavam que a obra ficaria inacabada.

A Câmara dos Deputados criou duas comissões para garantir o sucesso da mudança. Uma, para acompanhar as obras de construção da Câmara; a outra, para planejar e executar a transferência dos deputados e servidores. Havia muita resistência à mudança. Deputados e servidores eram convidados a visitar Brasília para ver onde iriam morar e trabalhar.

No plenário do Palácio Tiradentes, onde funcionava a Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro, as discussões ficavam mais acaloradas à medida que se aproximava a data da inauguração de Brasília. Todo esse contexto político é retratado pelo documentário Brasília: projeto capital. As críticas do deputado udenista, Carlos Lacerda, as ameaças de CPI para investigar a Novacap e as leis aprovadas na Câmara para garantir a mudança da capital. Entre elas, a que marcava a data da inauguração da nova capital: 21 de abril de 1960.

A história da mudança contada pelas pessoas que participaram dela: o deputado Carlos Murilo, sobrinho de JK; o deputado Nestor Jost, segundo vice- presidente à época; os jornalistas Villas Boas Corrêa, Carlos Chagas; os servidores Sylvio Vianna, Luciano Brandão, Léa Fonseca, Ada Coaracy, Joel Teixeira; Roberto Menescal, Nelson Pereira dos Santos; e os pioneiros Genésio de Oliveira e Kleber Farias.

Direção e Roteiro: Frederico Schmidt - Pesquisa: André Bergamo - Edição e Finalização: Rubens Duarte - Direção de Arte: Márcia Roth - Videografismo: Tiago Keise - Narração: Cláudia Brasil - Produção: Pedro Henrique Sassi e Pedro Caetano Braga Santos - Imagens: André Benigno, Cláudio Adriano da Silva e Múcio Montandon - Fotógrafos: Elton Bomfim e Luiz Alves

sábado, 6 de janeiro de 2024

Os meninos e o Boi