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quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Eugênio Giovenardi lança livro em defesa da preservação do Cerrado

LANÇAMENTO 
Eugênio Giovenardi lança livro em defesa da preservação do Cerrado

Sociólogo, filósofo e escritor, Eugênio Giovernardi lança, nesta quinta-feira (14/12), o livro 'Ouvir as árvores', no qual fala sobre a urgência de preservar o cerrado 
Eugenio Giovenardi: luta de quatro décadas para preservar o Cerrado   -  (crédito:  Kayo Magalhaes)Eugenio Giovenardi: luta de quatro décadas para preservar o Cerrado - (crédito: Kayo Magalhaes)Foto de perfil do autor(a) Luíza Grecco Altoé* Luíza Grecco Altoé* 
postado em 13/12/2023

Apesar de ser considerado o segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado perdeu para o desmatamento, ao longo dos anos, cerca de metade da área total. Sem perspectivas positivas futuras, essa vegetação ainda encontra esperança em pessoas como Eugênio Giovenardi, responsável pela preservação de 70 hectares desse ecossistema na própria biocomunidade do Sítio das Neves. Ele conta sobre a urgência de medidas de preservação no livro Ouvir as árvores, a ser lançado, nesta quinta-feira (14/12), às 17h, na Livraria Sebinho, pela Editora Kelps. 

Sociólogo, filósofo, escritor e acadêmico do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG/DF), Eugênio chegou a Brasília em 1972. Dois anos depois, ele adquiriu um sítio que, na época, se encontrava devastado por manadas de gado, queimadas e carvoarias. "Eu sou do sul, não conhecia o Cerrado. O que mais me impressionou quando eu vim a Brasília foi a monumentalidade do silêncio das noites brasileiras. Esse silêncio é o que nós temos que começar a preservar", explica. "O Cerrado quer paz, quer tranquilidade". 

Para regenerar a vegetação nativa, ele construiu pequenas barragens que armazenam a água da chuva, além de plantar árvores com capacidade de infiltrar a água, por meio das raízes, e recarregar aquíferos. "Então, durante esse tempo que eu colaboro com o Cerrado, eu aprendi a falar com as árvores, a ouvir e saber qual é o papel delas", conta. Segundo ele, a vegetação grita pela preservação da fauna e flora, mas também, das nascentes, para que haja água para as próximas gerações do Distrito Federal. 

Esforço 

Além de abordar a relevância da criação de reservas de recursos naturais, a obra também passa pelo descasos governamentais, dos administradores de água e energia elétrica, com a existência de políticas públicas que não dão a devida importância ao assunto. "Não vejo os últimos governos do DF, nesses últimos 40 anos, se preocuparem com isso. Então, há um esforço muito grande de grupos ambientalistas, de grupos que querem proteger a natureza, mas isso não é suficiente", reforça. "São coisas que deveriam ser normais para a construção de Brasília. Constrói uma casa, constrói um prédio, junto constrói a captação de água da chuva", ele exemplifica. 

O livro trata também do tema da "saúde" das árvores, levando em conta a dificuldade de replantio e reflorestamento. "As mudas das árvores são feitas no berço — onde elas têm carinho, água e comida todos os dias — mas, depois, nós pegamos e plantamos no lugar que nós achamos que é bom e a árvore fica lá, sem ninguém para falar com ela e, então, demora para se adaptar", observa. No mesmo dia do lançamento, Eugênio recebe a Comenda do Museu da Pedra Fundamental de Brasília, como protetor do Cerrado do DF. O Sítio das Neves foi a primeira área do DF a ser declarada como Patrimônio Natural em Caráter Perpétuo. O autor enfatiza que, caso a política do ser humano falhe, o ecossistema se voltará contra ele. Alguns exemplos deste possível cataclisma são as drásticas mudanças climáticas que o planeta enfrenta. "A natureza tem sua própria força para se regenerar, só que a espécie humana tem que deixar que ela cumpra o seu dever e que adquira essa capacidade de guardar a água da chuva e levar essa água para os aquíferos", ressalta. 

 *Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco 
 

Serviço 
 Ouvir as árvores De Eugênio Giovenardi. 
Lançamento, amanhã, às 17h, na Livraria Sebinho (406 Norte, comercial)

domingo, 1 de outubro de 2023

 

 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja. -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja. - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)


A última Superlua de 2023 brilhou no céu de Brasília na noite deste sábado (30/9) e encantou os brasilienses. A data marcou o início da lua cheia de setembro, quando o astro está mais próximo da Terra que o normal. O termo foi criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979, na revista periódica americana Dell Horoscope, quando descreveu o fenômeno. No entanto, por não vir de uma definição científica, causa divergências no meio.

  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press
  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press
  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press
  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press
  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press
  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press
  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press
  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press
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  • 30/09/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Cidades. Super Lua. Lua Cheia de Setembro. Ultima super Lua do Ano de 2023. Vista da Pista da EPIA Sul, Proximo do Balão da Granja.Ed Alves/CB/DA.Press

A primeira foi a Superlua dos Cervos, que aconteceu em julho. Em seguida, tiveram duas no mês de agosto, a Superlua do Esturjão e a Superlua Azul. Ontem, para a infelicidade dos amantes da astronomia, foi a última Superlua do ano. 

A beleza da Superlua foi registrada pelo repórter fotográfico do Correio Ed Alves. A foto foi tirada na Epia Sul, próximo ao balão da Granja do Torto. 

Foto de perfil do autor(a) Darcianne Diogo
Darcianne Diogo 
Foto de perfil do autor(a) Pablo Giovanni
Pablo Giovanni 
postado em 30/09/2023 21:10 / atualizado em 30/09/2023 21:24

domingo, 16 de abril de 2023

Sucuris, onças e mais: os bichos são as estrelas desta fazenda de batatas Fazenda Água Santa Imagem: Divulgação/Fazenda Água Santa

 

Sucuris, onças e mais: os bichos são as estrelas desta fazenda de batatas

Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa

"Conservação e produtividade agrícola podem conviver em harmonia.

Foi com o intuito de difundir essa ideia que a Fazenda Água Santa, grande produtora 

de batatas localizada em Perdizes (MG), abriu as portas para crianças e jovens da 

região desvendarem a biodiversidade do cerrado presente na sua vasta área de reserva ambiental.

O projeto de educação ambiental Núcleo Ambiental Água Santa do Cerrado (Nasc) nasceu em março de 2022 — fruto de um longo processo de exploração e estudo do local. Em 2018, funcionários da fazenda de João Emílio Rocheto, junto com pesquisadores da Fundação Espaço ECO, começaram a implementar um sistema de imagem para mapear a fauna e flora existentes na propriedade.

Após quase dois anos de pesquisa, um número impressionante foi revelado: mais de 230 espécies de aves vivem por lá. Isso representa mais de 30% de todas as aves que existem neste bioma e cerca de 12% de todos os pássaros do Brasil.

Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa
Tamanduá passeia pela região da fazenda
Imagem: Divulgação/Fazenda Água Santa

As câmeras também registraram a presença de diversos predadores que estão no topo de cadeias alimentares, como o lobo-guará, onça parda, sucuri, jaguatirica e cachorro do mato. Isso foi um ótimo sinal para os biólogos, já que a existência de seres vivos de diferentes níveis garante o equilíbrio e funcionamento do ecossistema.

Depois de ter em números a imensidão do patrimônio ambiental que sua fazenda abriga, João Emílio não teve dúvidas: tudo aquilo era um tesouro que precisava ser compartilhado. E ainda seria a oportunidade de mostrar para as gerações futuras exemplos, na prática, de técnicas e manejos sustentáveis.

Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa
Lobo-guará na Fazenda Água Santa
Imagem: Divulgação/Fazenda Água Santa



"Apresentar aos visitantes todo o processo produtivo também ensina a importância do trabalho de cada colaborador dentro da fazenda. E como o conjunto dessas atividades garante o sucesso no negócio e na preservação", diz Ana Carolina Viegas, engenheira ambiental da Água Santa e responsável pelo projeto.

É hora da aula

Um ônibus safari é o responsável por levar os jovens para a vasta fazenda adentro. A voz animada do monitor ecoa do aparelho de som ligado ao microfone para chamar a atenção dos visitantes para uma espécie de animal ou uma flor exótica que aparece no meio do caminho, elencando fatos e curiosidades sobre o bioma.

Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa
Aves sobrevoam a fazenda Água Santa
Imagem: Divulgação/Fazenda Água Santa

"Eu não sabia o tamanho do cerrado e não imaginava que a diversidade era tão grande. Foi uma experiência muito legal conhecer os animais na fazenda e também ver como eles fazem para plantar, utilizando o solo de maneira sustentável", diz Júlia Isabelly Prates dos Santos, 12 anos, aluna da Escola Estadual Padre João Balker, Perdizes (MG), que participou de um dia de visita na fazenda.

O destino final do ônibus safari é a sede do projeto. A estrutura, rodeada por um viveiro de mudas nativas plantadas por jovens que vão passando ali, abriga um espaço educativo. É de lá também que sai o caminho para os 1.500 metros de trilhas, embalados pela barulheira harmônica dos pássaros e macacos.

Tiago Egydio, consultor em Gestão para Sustentabilidade da Fundação Espaço ECO, que ficou à frente do projeto na Fazenda Água Santa, conta que foram aproveitados antigos caminhos e áreas abertas, para evitar a derrubada de árvores na hora de demarcar as trilhas. Além disso, um estudo estabeleceu a capacidade de visitantes.

Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa
30% de todas as aves que existem no cerrado podem ser vistas na fazenda
Imagem: Divulgação/Fazenda Água Santa

Um outro cuidado da equipe era que o caminho fosse representativo para as diferentes cores, formas e texturas do cerrado. "Assim a visita se tornou um 'livro vivo' para conhecer um pouco do bioma - que é considerado a savana mais biodiversa do mundo, com muitas espécies exclusivas, além de ser o berço de importantíssimas bacias hidrográficas do Brasil", conta Egydio.

Como é característico do cerrado, as chuvas são bastantes concentradas. No verão é muita água. No inverno, seca. Para lidar melhor com isso, a fazenda construiu represas fora dos leitos dos rios, que armazenam excedentes de água que correriam rio abaixo nas épocas das cheias.

Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa - Divulgação/Fazenda Água Santa
Imagem: Divulgação/Fazenda Água Santa

Assim garantiu uma irrigação complementar e com microaspiração, ou seja, só libera a água quando realmente precisa e em pequenas quantidades de modo a não danificar o solo nem as plantas.

Além do retorno produtivo e financeiro que o esquema gera, o pivô de irrigação ainda acabou virando poleiro para os pássaros, que vão se integrando com a paisagem e chamando atenção dos visitantes que passam por ali.

Sucuris, onças e mais: os bichos são as estrelas desta fazenda de batatas

sábado, 15 de abril de 2023

Baixa Funda, o Destino de um Povo - Filme (Revelando os Brasis - Ano VI)

Instagram: instagram.com/institutomarlinazul