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sexta-feira, 6 de maio de 2022

 

Aves estão diminuindo em todo o mundo; Brasil é segundo na lista

De acordo com estudo, 48% das espécies de aves existentes em todo o mundo são conhecidas ou suspeitas de estarem passando por declínios populacionais

Thays Martins
 (crédito: Alexander Lees/ divulgação )

A população de aves está diminuindo em todo mundo, segundo um estudo feito nos Estados Unidos e publicado na revista Annual Review of Environment and Resources nesta quarta-feira (4/5). E o Brasil está em segundo na lista com mais espécies ameaçadas. A pesquisa usa dados do da "Lista Vermelha" da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Segundo o estudo, a perda e degradação de habitats naturais e a superexploração direta de muitas espécies são as principais ameaças à biodiversidade aviária.

De acordo com o estudo, aproximadamente 48% das espécies de aves existentes em todo o mundo são conhecidas ou suspeitas de estarem passando por declínios populacionais. Somente 6% das espécies estão mostrando tendência de crescimento. Todos os países e territórios abrigam pelo menos uma espécie de ave globalmente ameaçada e 10 têm mais de 75. O Brasil e a  Indonésia encabeçam a lista com 171 e 175, respectivamente.

Apesar do resultado ruim, os autores do estudo dizem que ainda é possível mudar essa realidade, mas para isso é preciso mudanças transformadoras para evitar a destruição do meio ambiente. Eles também cobram uma participação pública no monitoramento de aves.

Como solução, os pesquisadores apresentam alguns esforços de conservação bem sucedidos, como o papagaio-de-orelha-amarela, espécie ameaçada de extinção na América do Sul. Segundo o estudo, a manutenção da espécie está sendo possível devido aos esforços intensivos de conservação, incluindo a proteção do habitat e restauração, fornecimento de ninhos e conscientização por meio de campanhas, o que resultou em significativa recuperação da população.

As descobertas são semelhantes ao encontrado em um estudo de 2019 que afirmou que 3 bilhões de aves reprodutoras foram perdidas nos últimos 50 anos nos Estados Unidos e no Canadá.

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