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segunda-feira, 7 de junho de 2021
REGISTRAR PARA PRESERVAR A região do Pantanal sob as lentes de três dos maiores fotógrafos de natureza do Brasil FOTOGRAFIAS: LUCIANO CANDISANI, JOÃO FARKAS E MARINA KLINK TEXTO: GIULIANA BERGAMO
Fotografar é preservar. Registradas, paisagens, pessoas, objetos e cenas sobrevivem à passagem do tempo. Têm, de certa forma, a garantia de existência. A fotografia também protege porque, ao exibir as belezas, torna evidente o valor daquilo que registra. Preserva ainda porque conta a públicos distintos o que está acontecendo a alguém ou a algum lugar. Denuncia, alarma, pede socorro.
São esses alguns dos objetivos do projeto Documenta Pantanal. Em curso há dois anos, a iniciativa surgiu, primeiro para, como o nome diz, documentar as belezas da região. Mas logo ganhou um caráter político. Os registros passaram a servir de argumento para colocar em diálogo forças produtivas, a academia e outras organizações em busca de soluções para manter vivo este que é um dos mais ricos biomas do mundo.
Para isso, reúne um coletivo de mais de cinco dezenas de influentes nomes da fotografia, do cinema, das artes, do turismo, entre outras áreas. O chef Paulo Machado, curador convidado por Nossa para desvelar o Centro-Oeste na temporada Brasileiro: olhares sobre os sabores, saberes e belezas do nosso país faz parte do projeto.
Além dele, compõem o grupo alguns dos fotógrafos mais célebres do Brasil. A seguir, você confere imagens de Marina Klink, João Farkas e Luciano Candisani.LUCIANO CANDISANI
Em duas décadas de carreira, Luciano Candisani construiu uma estética própria fotografando diferentes culturas e naturezas ao redor do mundo. Flagrando, quase sempre, pessoas e animais em cenas, expressões, posições e ângulos inusitados. Uma baleia gigante sob um barquinho em alto mar, um mergulhador com sua rede e o corpo parcialmente submersos à procura de pescados, uma onça descendo uma árvore em ângulo negativo. Imprimiu a mesma marca na série de imagens para Documenta, onde vemos filhotes de jacaré a brincar sob a água, o reflexo de um pantaneiro na cheia, a bocarra do jacaré no meio do cardume.
Raquel Cunha/Folhapress
JOÃO FARKAS
É possível dizer que João Farkas é o fotógrafo do Pantanal por excelência. Em quase uma década de trabalho, já fez diversas incursões pela região para registrar não apenas as belezas, mas os horrores, como as queimadas. Parte das imagens foi publicada no livro que lançou recentemente "Pantanal" (Edições Sesc, 2020), que tem na capa uma chocante imagem da mata incinerada. Farkas é um dos idealizadores de Documenta e, além de enriquecer o projeto com fotografias, codirigiu com Jorge Bofansky o filme "Ruivaldo, o homem que salvou a Terra, que trata das dificuldades da comunidade que convive com o assoreamento do Rio Taquari.MARINA KLINK
Não há continente deste planeta que não tenha sido registrado por Marina Klink. A fotógrafa vive em busca principalmente de destinos remotos, como o Ártico, o Sudoeste Africano, a Índia, a Antártica e os rincões da América do Sul. Para o Documenta Pantanal flagrou a imensidão da paisagem e também as delicadas pequenezas dos animais: um pássaro que destoa do bando e alça voo, o namoro de dois veados campeiros, uma onça à espreita.
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