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Mais de 20 mil famílias da zona rural recebem energia elétrica em Minas Gerais
Mais de 20 mil famílias da zona rural recebem energia elétrica em Minas Gerais
Conheça a história de Orosino, agricultor beneficiado pelo Programa de Eletrificação Rural da Cemig, que pela primeira vez tem luz em casa. Programa deve levar energia elétrica para 50 mil propriedades até 201824 de Novembro de 2016 , 15:19
Foi no dia 4 de julho deste ano, no seu aniversário de 46 anos, que o agricultor Orosino Pereira Gomes ganhou o presente que mais esperava: luz elétrica. Sua casa, na zona rural de Felício dos Santos, no Alto Jequitinhonha, foi uma das beneficiadas pelo programa Eletrificação Rural, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que já levou eletricidade para mais de 20 mil propriedades mineiras desde o ano passado.
“Para mim é uma alegria enorme ter energia elétrica, minha família não sabia o que é isso. Foi o melhor presente que ganhei”, diz. A esposa de Orosino, Geralda Andrade, 37 anos, conta que a vida da família mudou. “A primeira coisa que fiz foi correr e ligar a geladeira. Era nosso sonho, eu chegava da roça e não tinha uma água gelada para beber. Tudo que a gente comprava que precisava ficar congelado ficava na casa do meu cunhado, longe daqui. Agora, tenho geladeira funcionando e água geladinha”, comemora.
O programa de Eletrificação Rural da Cemig objetiva levar eletricidade para toda a zona rural dos 774 municípios da área de concessão da empresa até o final de 2018. Serão ligadas, aproximadamente, 50 mil propriedades, beneficiando mais de 200 mil pessoas e atingindo mais de 99% de cobertura de energia elétrica no estado.
“A maior parte destas ligações que estão sendo feitas corresponde ao déficit de mais de 30 mil ligações que estavam acumuladas desde 2010 e que estamos colocando em dia e concluindo nesta gestão”, explica o engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig, Fernando Conrado.A iniciativa também faz parte do plano para enfrentamento da pobreza no campo, lançado em junho deste ano pelo governador Fernando Pimentel, batizado de Novos Encontros. Em 2015, a Cemig já tinha realizado 10.151 ligações e, de 2016 a 2018, o investimento previsto é de R$ 800 milhões para fazer mais 50 mil ligações, das quais dez mil já foram feitas de janeiro a novembro deste ano.
Segundo Conrado, além de atender o usuário com a instalação da rede elétrica, a Cemig também oferece, gratuitamente, um kit básico de instalação interna, que contém padrão de entrada, ramal de conexão, lâmpadas e tomadas. Para tanto, é preciso que o beneficiário esteja no Cadastro Único do Governo Federal.
“Entendemos que essa universalização do serviço, com atendimento às zonas rurais do estado, reflete fortemente na vida dessas famílias. Hoje, é difícil imaginar que existam pessoas que nunca viram luz elétrica ou assistiram televisão. Mas, isso existe e a Cemig está trabalhando para levar luz para esses rincões de Minas Gerais”, afirma.
Norte do estado
O maior déficit de energia elétrica hoje está no Território Norte . Por isso, a Cemig vai realizar cerca de oito mil ligações apenas na região até 2018, com investimento de R$ 160 milhões.
Em 2015, foram atendidas 1.244 propriedades rurais no Norte, com investimento de R$ 13,6 milhões. Em 2016, até o dia 18 de novembro, outros R$ 18,7 milhões foram investidos e 1.461 propriedades foram atendidas. Entre 2017 e 2018, mais R$ 145 milhões serão aplicados na região e mais de oito mil ligações serão feitas.
Eletrificação Rural
Ao longo do Programa de Eletrificação Rural, serão construídos 15 mil quilômetros de rede - o que equivale a quase meia volta ao redor da Terra - e instalados 40 mil transformadores e milhares de postes.
“Primeiro estão sendo atendidas as pessoas que já solicitaram o serviço. Dentro desse grupo, estão propriedades rurais que se enquadram nos critérios do programa, poços artesianos comunitários, assentamentos para fins de regularização fundiária de interesse social, quilombolas, tribos indígenas, escolas rurais e produtores rurais”, ressalta o engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig, Fernando Conrado.
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sábado, 12 de novembro de 2016
Tenda dos Povos do Cerrado acontece em Goiânia entre os dias 16 e 18 de novembro
A Tenda dos Povos do Cerrado, que tem como tema “Cuidando da Casa Comum”, reunirá, na Praça Universitária, região Central de Goiânia (GO), cerca de 500 pessoas vindas de todos os cantos do estado. Realizado pela Comissão Pastoral da Terra de Goiás (CPT-GO), o evento acontece entre os dias 16 e 18 de novembro. “A importância desse evento é exatamente trazer os povos do Cerrado – do campo e das cidades – para discutirem esse bioma e a questão da água, pois o Cerrado, onde nasce a maioria dos rios brasileiros, está passando por um grave momento”, destaca Romerson Alves, coordenador da CPT Goiás.
O evento tem como objetivo fortalecer e dar visibilidade às experiências dos povos e comunidades do Cerrado, como representantes da sociobiodiversidade, conhecedores e guardiões do patrimônio ecológico e cultural deste bioma. Através do evento, busca-se também o intercâmbio entre as comunidades, criando espaços de debate, formação e práticas em defesa do Cerrado.
Para o coordenador da CPT, o diferencial da Tenda é reunir os povos do Cerrado para debaterem os problemas que vivenciam e, juntos, proporem soluções. “Creio que, a partir disso, poderemos sair do encontro com medidas viáveis para a preservação do Cerrado e das águas”, afirma Romerson.
Nesses três dias de evento, acontecerão plenárias, audiência pública, e oficinas práticas, tais como: uso de plantas medicinais, práticas agroecológicas, alimentação saudável, recuperação de nascentes, e outras. Além disso, a Praça Universitária receberá uma feira com diversos produtos do Cerrado.
E na manhã do último dia de Tenda, na sexta-feira, 18, os participantes farão uma caminhada em defesa do Cerrado. O destino será a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), onde será entregue um documento com diversas reivindicações, como a ampliação da área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e aprovação da PEC 504/2010, que reconhece os biomas Cerrado e Caatinga como Patrimônio Nacional. Na Alego, para receber essas pautas, estarão presentes o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO), deputado estadual Mané de Oliveira (PSDB), deputada estadual Isaura Lemos (PC do B), entre outros.
Parcerias
O evento conta com parceria da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Cajueiro, Gwatá – Núcleo de Agroecologia da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Rede Grita Cerrado, Central Única dos Trabalhadores (CUT-GO), Sindsaúde, Pastoral da Juventude Rural (PJR-GO), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-GO), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf-GO), Centro de Estudos Bíblicos (Cebi-GO), Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB-GO), e Comunidades Eclesiais de Base (Cebs).
Preparação
Em preparação para a Tenda dos Povos do Cerrado, nos meses de setembro e outubro foram realizados seminários sobre o evento nas cidades de Orizona, Cidade de Goiás, Iporá, Terezinha de Goiás, Formosa, Alvorada do Norte, Catalão, Ipameri, Uruaçu, Formoso, Rio Verde, Jataí, e Região Metropolitana de Goiânia.
Programação resumida
16/11 – 14 hrs: Abertura – Audiência Pública com o tema “Água”;
17/11 – 08 hrs: Mini plenárias / 13h30: Oficinas práticas;
18/11 – 09 hrs: Ato público – Caminhada entre a Praça Universitária e Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
_________
SERVIÇO
Tenda dos Povos do Cerrado
16 a 18 de novembro de 2016
Praça Universitária, Goiânia – Goiás
Elvis Marques (assessoria de comunicação da CPT) 62 99309-6781
CPT Goiás: (62) 3223 5724
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sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Governo de Minas Gerais incentiva artesanato de Santana do Araçuaí
Mundialmente conhecida pela arte com cerâmica, a comunidade de Santana do Araçuaí, no município de Ponto dos Volantes (Território Médio e Baixo Jequitinhonha), vem contando com apoio do Governo de Minas Gerais para criação de novas rotas de comercialização e oportunidades de inserção da arte mineira em outros estados brasileiros. São ações de articulação, mobilização, divulgação e comercialização promovidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), com o intermédio do seu órgão executor o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), e da Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Sedif), com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A mobilização junto à comunidade local tem dois objetivos: incentivar a economia ligada à cerâmica e já preparar o grupo para participação em uma exposição que será realizada entre os dias 22 de novembro a 17 de dezembro, na “A Casa - museu do objeto brasileiro”, localizado na cidade de São Paulo. “O Governo de Minas Gerais quer dar condições para que os artesãos possam divulgar seu trabalho em outros estados e pelo mundo. A atividade é de extrema importância para a economia mineira, pois gera emprego e renda a milhares de famílias”, afirma o secretário da Seedif, Fábio Cherem.
Eternizada pelo trabalho da artesã Dona Isabel Mendes da Cunha - homenageada no último dia 20 de setembro pelo trabalho com bonecas de cerâmicas, a região mineira vem sofrendo com a desmotivação dos artesãos após a morte da artista. A ideia do encontro do próximo dia 12 é auxiliar os artesãos da região a encontrarem alternativas econômicas de comercialização do seu trabalho, fortalecendo a cultura local e valorizando a produção. Para Ricardo Campos, diretor-geral do Idene, o resgate do legado do artesanato do Vale, deixado por Dona Isabel, é o principal foco. “Não podemos deixar morrer o legado que Dona Isabel deixou aos quase 30 integrantes da Associação de Santana do Araçuaí, que aprenderam com ela direta ou indiretamente. Vamos estimular a divulgação e a comercialização dessa grande riqueza, dando aos artesãos daquela localidade condições de maior visibilidade no mercado”, ressalta.
A mobilização, conduzida pelo antropólogo e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Ricardo Lima, tem o intuito de que os artistas possam se organizar e expandir seus trabalhos. “A região é um pólo importantíssimo de produção de cerâmica e, portanto não podemos deixá-lo no esquecimento. Nosso foco é preparar a comunidade para a feira de São Paulo já pensando nas vendas do Natal”, afirma.
Valorização da atividade local
Para “dar conta” de produzir cerca de 4 bonecas mensalmente, a artesã Aneli de Souza Brandão conta que às vezes tem uma rotina diária de 6h da manhã às 18h. Há mais de 20 anos praticando o ofício, ela relata que muito do seu trabalho tem um pouco da arte de Dona Izabel. “Eu aprendi com ela a fazer as bonecas, fiz vários cursos com Dona Izabel. Antes as pessoas vinham aqui para conhecer o trabalho dela e acabavam comprando. Hoje não temos tanta visibilidade. Espero que com esse evento a gente possa participar de mais feiras e divulgações”, conclui.
Pensando em dar mais visibilidade ao trabalho da artesã e de outros produtores da região, o especialista em arte popular Ricardo Lima também já busca a inserção dos produtores em outros eventos em estados como Rio de Janeiro. “Não podemos ficar de braços cruzados. Temos que manter viva e incentivar essa arte tão importante para a região”, finaliza.
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Cerâmica do Vale do Jequitinhonha recebe apoio do Governo de Minas Gerais
Seleção de peças para feira nacional, selo comemorativo e ações de fomento ao artesanato para manter o legado de Dona Izabel são algumas das ações
desenvolvidas
desenvolvidas
A artista plástica e ceramista Andreia Pereira de Andrade, 33, começou a tomar gosto pelo ofício logo cedo, aos 12 anos de idade. Ela se encantava ao ver a avó, Dona Izabel, e a mãe, Glória, darem forma à argila. E é nas mãos dessas mulheres que o barro reproduz cenas do cotidiano da região de Ponto dos Volantes, Território Médio e Baixo Jequitinhonha.
“Guardo com carinho os ensinamentos da minha avó, especialmente o jeito de reproduzir em detalhes, o feminino regional nas bonecas, nas formas da mulher, nas roupas rendadas e nos laços de fita”, relembra a neta. As bonecas de Dona Izabel, especialmente, ficaram famosas pelo mundo representando a arte do local.
O trabalho da artesã Aneli de Souza Brandão também tem um pouco de Dona Izabel. “Eu aprendi com ela a fazer as bonecas, as feições. E por causa delas me orgulho de ser mulher, de ser do Vale do Jequitinhonha. É daqui que nós tiramos nossa força, sustento, identidade. Sem isto, somos menos que podemos” comenta emocionada.
Glória Mendes, filha de Dona Izabel conta que a preservação desta arte sempre foi preocupação para a mãe. “Quando ela estava no hospital, pediu para que o trabalho não fosse interrompido. Eu prometi que nunca iria parar, somente quando Deus me levar”, conta Mendes. Hoje, ela e a filha Andreia Pereira lutam para que o legado deixado por Dona Izabel continue gerando trabalho e renda para muitas mulheres artesãs da região.
História de Dona Izabel
Artesã mineira, falecida em 2014 aos 90 anos, Dona Izabel usava o barro para sustentar seus quatro filhos após ficar viúva. Suas bonecas fomentaram a economia e identidade locais, ganharam o mundo e foram reconhecidas por diversos prêmios como o Unesco de Artesanato para a América Latina (2004), a Ordem do Mérito Cultural (concedida pelo Ministério da Cultura em 2005) e o Prêmio Culturas Populares (Ministério da Cultura, em 2009).
Investimentos
Dentro da lógica do desenvolvimento regional, o Governo de Minas Gerais reconhece a importância da cerâmica do Jequitinhonha para a cultura e economia mineira e investe no nesse tipo de trabalho com diversas ações.
No início do mês de outubro, por exemplo, uma equipe do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Sedif), acompanhada do antropólogo e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Lima, esteve na comunidade de Santana do Araçuaí.
O objetivo foi selecionar mais de 2.000 peças de aproximadamente 30 artesãos, sendo alguns discípulos de Dona Izabel, que irão participar da exposição “Sobre Flores e Bonecas: a cerâmica do Jequitinhonha”, que homenageará Dona Izabel, em São Paulo. A exposição será entre os dias 22 de novembro e 23 de dezembro, na “A Casa - museu do objeto brasileiro” que fica na Avenida Pedroso de Morais, nº 1234, no bairro de Pinheiros, São Paulo.
“Esses produtos são referência mundial. As feiras e exposições poderão contribuir para que este artesanato de tanta tradição não seja abandonado e esquecido. E as feiras são ótimas oportunidades para isso”, disse Ricardo Lima.
A ação faz parte do programa Artesanato em Movimento, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor) e seu órgão operacional, o Idene, em parceria com a Superintendência de Artesanato, a Sedif, o Sebrae-MG e A Casa - Museu do Objeto Brasileiro.
“A intenção é fortalecer o trabalho do artesão mineiro, bem como criar oportunidades para promover a comercialização, já que a maior dificuldade é o escoamento da produção”, afirma o coordenador do programa, Ronaldo Lima.
Selos comemorativos
Outra medida para divulgar o artesanato de Santana do Araçuaí foi a parceria entre o Governo de Minas Gerais e a regional mineira dos Correios na criação de um conjunto de selos especiais, com as imagens das bonecas premiadas de Dona Izabel, lançado em setembro deste ano. A iniciativa é uma parceria entre o Sistema Sedinor/Idene, a Sedif, a Coordenação de Artesanato, da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), o Centro de Artesanato Mineiro e o Instituto Vale Mais.
Artesanato mineiro
A atividade é destaque no desenvolvimento da economia mineira e na geração de renda. Hoje, existem cerca de 250 mil artesãos em Minas Gerais. Segundo pesquisa do Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor (Centrocape), uma ONG mineira, cada artesão gera em média cinco empregos. O setor movimenta, em Minas Gerais, aproximadamente R$ 2,3 bilhões por ano. O Governo de Minas Gerais condensa diversas ações de fomento à atividade.
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domingo, 6 de novembro de 2016
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